25 COMPROMISSOS DA LISTA A – UNIVERSIDADE CIDADÃ
Defender a Liberdade e a Autonomia Académicas
em Tempos de Crise
Os eleitos pela Lista A – Universidade Cidadã, uma vez no Conselho Geral, atuarão de acordo com os seguintes princípios e assumirão os seguintes compromissos:
- Fidelidade à carta de valores de uma Universidade Cidadã, que o Movimento vem apresentando publicamente e concretizando nos últimos anos.
- Defesa do caráter público da Universidade e da sua gestão democrática, favorecendo práticas de colegialidade, contra a concentração excessiva de poderes.
- Recusa do estatuto de fundação pública de direito privado, ou outro de contornos semelhantes, nas circunstâncias atualmente conhecidas.
- Desenvolvimento das práticas de participação e de publicidade democrática relativas aos atos de governo e de gestão.
- Respeito ativo pela diversidade dos saberes, áreas de conhecimento e subculturas académicas, contrariando tendências para a estandardização e a homogeneização, que tantas vezes desqualificam ou menorizam o outro.
- Defesa do património da Universidade, abrindo-o ao espaço e à fruição públicos, sem barreiras desnecessárias e à margem de critérios mercantis.
- Acesso à informação através de adequados meios de circulação, vertical e horizontal, garantindo a indispensável comunicação na Academia.
- Criação de um ambiente educativo de cidadania ativa e crítica e de aprofundamento dos direitos humanos, contra todas as formas de discriminação, incluindo campi livres de praxes.
- Abertura à crítica, sensibilidade e atenção aos problemas da vida universitária, atribuindo-lhes estatuto e dignidade política para serem apreciados no Conselho Geral, sempre que tal se justifique.
- Defesa intransigente do prestígio e do superior interesse da Universidade, reforçando a sua natureza de bem público ao serviço de uma Sociedade mais democrática, desenvolvida, sustentável e solidária.
- Atitude simultaneamente cooperativa, crítica e leal para com todos os órgãos de governo e de gestão, com destaque para o Reitor.
- Defesa do prestígio, do carácter colegial e da natureza fiscalizadora do Conselho Geral.
- Proposta de realização de reuniões de trabalho entre o Conselho Geral e os Responsáveis das Unidades Orgânicas de Ensino e de Investigação.
- Proposta de auscultação prévia e de solicitação de pareceres aos diversos órgãos e unidades nas matérias mais relevantes em debate e processo de decisão.
- Postura dialogante e de procura ativa de consensos ou compromissos em questões estratégicas para o desenvolvimento da Universidade, porém à margem de coligações permanentes ou de alianças informais sistemáticas.
- Rigor e exigência para com os atos de gestão administrativa e financeira e respetiva prestação pública de contas.
- Procura da excelência académica no ensino e na investigação, entendidas como dimensões não separáveis, mas antes complementares, e à luz de um conceito de qualidade social e educativa para todos.
- Abertura à sociedade e interação com a comunidade, em termos de reciprocidade e de responsabilidade social e ético-política.
- Valorização social, cultural e económica do conhecimento produzido, de acordo com o interesse público.
- Recusa do patrocínio, apoio ou tomada de posição pública a favor de qualquer candidatura a Reitor, avaliando cada candidatura em função do ideário próprio de uma Universidade Cidadã.
- Seleção de membros externos em função de um perfil diversificado de personalidades (em termos de pertenças profissionais, geracionais e de género), cuja presença e participação efetiva no Conselho Geral prestigie a Universidade e constitua um elemento de enriquecimento da experiência da Academia.
- Cumprimento dos mandatos com independência, responsabilidade e solidariedade institucional.
- Reforço da autonomia das Unidades Orgânicas de Ensino e de Investigação;
- Promoção de uma real liberdade e autonomia académicas, nos planos científico, pedagógico e cultural, para docentes e investigadores/as, capaz de potenciar a concretização dos seus direitos.
- Adequação do rigor e da seriedade dos processos de avaliação, com uma análise holística do trabalho de cada docente, garantia da qualidade, de gestão científica e pedagógica, de prestação de contas, de cumprimento dos deveres, subordinados a valores que promovam a humanização do trabalho, a melhoria e a formação permanente e que recusem o produtivismo, o burocratismo e a alienação.
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