Diz a Escola de Palo Alto que "é impossível não comunicar". Todavia, podemos nós falar de uma verdadeira Academia quando cada escola ou cada Centro estão voltados para seu lado?
Podemos ainda falar de Academia quando o Largo do Paço e quem de lá governa permanecem tão longe?
Podemos ainda falar de Academia quando sabemos das grandes questões da Universidade através dos media?
Pode porventura haver Academia se a comunicação é débil? Se os fluxos de informação – aliás escassos - viajam em sentido único, do topo para a base? Se tudo desincentiva à manifestação da opinião, da base para o topo? Se as reuniões dos órgãos, que deveriam ser de debate, se converteram em fastidiosas sessões de burocráticas aprovações? Se persiste e se difunde a sensação de que mais vale estar calado?
A investigação e o ensino desligados do exercício da cidadania aparentam-se mais a um quartel e só podem redundar, a prazo, em fraca ciência e em fraco ensino.
Por tudo isto, o fomento da comunicação e da informação, vertical e horizontal, tirando partido das novas ferramentas e das redes digitais, será um critério que teremos em conta, no exercício das competências do Conselho Geral, nomeadamente na eleição do novo reitor.
Manuel Pinto
Instituto de Ciências Sociais
26/02/09
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