Uma vez ouvida, nunca mais se esquece esta frase. Pode não estar sempre lá, mas de quando em quando, eis que nos surge, evocada por isto ou aquilo. E podemos dar mil definições de 'home', mas invariavelmente, é um local acolhedor, onde nos sentimos bem, confortáveis.
Um dia destes vinha a ouvir os 'sinais' do Fernando Alves que trazia um conto de Jacques Prevel, sobre uma tela onde se pintava uma árvore e se esperava que um pássaro pousasse e outro tanto para que cantasse. Só então o artista deu a obra por completa e a assinou.
Senti algo parecido, que havia um ramo disponível e que ficaram à espera que eu cantasse. E eu sinto-me 'em casa' ao lado de quem ouve, de quem convoca, de quem partilha. De quem sabe que sabemos sempre menos quando ouvimos pouco.
E retomando a metáfora: penso que a UM, como universo e tela que é, só poderá ter uma 'assinatura' quando todos encontrarem o seu ramo e a sua voz. E há um imenso capital humano de 'asa caída' pronto a voar.
Ana Cunha
Escola de Ciências
16/02/09
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1 comentário:
Errata
Não é, de facto, um poema de Prevel mas de Prévert. Ambos Jacques. Ambos poetas. E os 'sinais', no carro, nem sempre são tão fielmente percebidos quanto o desejado.
Agradeço à Célia o cuidado de me ter avisado do erro e congratulo-me por todos os que, como ela, o souberam detectar. Por eles, e pelo facto de irem ler os nossos testemunhos.
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