De repente dei comigo a aderir à lista mais à esquerda de candidatos ao Conselho Geral (CG) da UM. Aqueles que me conhecem as ideias pró-capitalistas e liberais, ou com alguma boa vontade neo-liberais - dada a minha já provecta idade - fizeram eco das minhas próprias expressões de surpresa.
O que é certo é que os elementos da actual lista A para as eleições para o dito CG, e anteriormente da lista B para a assembleia estatutária, são aqueles com quem eu sinto mais afinidades pela atitude menos reverencial e carreirista, mais crítica da sociedade e menos comprometida com grupos de interesse e modismos, que têm vindo a demonstrar.
Os elementos desta lista A são aqueles que me dão mais garantias de pensar a universidade, o seu futuro e os desafios que este lhe coloca, duma maneira mais lúcida e descomprometida, de não embarcarem em tentativas de transformar a universidade num hipermercado de quinquilharia importada e acéfala, ou num mero prestador de serviços em concorrência desleal com os agentes privados no mercado, nomeadamente com os seus próprios ex-alunos.
Por uma universidade cidadã que me permita ser um cidadão de pleno direito e não apenas um elemento dum qualquer sistema, que me permita exercer em plenitude a profissão docente, investigando e leccionando autonomamente, e não apenas como uma peça duma engrenagem ingenua ou maliciosamente acrítica e contemporizadora.
Carlos Páscoa Machado
Escola de Economia e Gestão
25/02/09
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