Quando me pediram razões para integrar esta lista, lembrei-me de um poema fantástico do O'Neill, aplicável tanto às pessoas como às instituições:
Conforme a vida que se tem, o verso vem: Se a vida é vidinha não há poesia que resista.
Acho que aquilo que nos une em torno da ideia de "Uma Universidade Cidadã" é precisamente esta afirmação: não é de "vidinhas" que uma Universidade se faz.
Nem de pequenas contas, nem de grandes segredos.
Nem de interesses paroquiais, nem de misteriosos desígnios.
Nem de reflexos corporativos, nem de estratégias sinuosas, .
Como muitos colegas (de todas as listas, estou em crer) acredito numa Universidade com U grande, capaz de acolher a multi-dimensionalidade dos saberes, e de se pensar, afirmar e competir num contexto internacional, largo e diverso.
Acredito numa Universidade que tem na excelência da investigação que realiza e dos projectos educativos que anima, simultaneamente o seu objectivo e único critério de aferição.
Mas quero, também, uma Universidade descomprometida de tudo o que desse desígnio a possa desviar.
Uma Universidade regida por princípios de gestão transparente e democraticamente escrutinável.
Que estimule a participação de todos, e faça do exercício da crítica, da lisura dos processos e da prática democrática e aberta, o caminho mais seguro para a construção da excelência académica.
É por isso que estou nesta lista.
Por isso e também pelo património que ela transporta. Em torno de "Uma Universidade Cidadã" reúne-se um conjunto muito diverso de pessoas que, apesar dessa heterogeneidade, ou talvez por causa dela, soube afirmar, em condições difíceis, princípios e práticas que fizeram a diferença.
Estivemos presentes. Dissemos ao que vínhamos. Fomos a votos. Procuramos garantir no Senado as condições necessárias para um processo eleitoral que dignificasse a Universidade. Mantivemos, na Assembleia Estatutária, uma atitude cooperante e activa, procurando sinergias e evitando o ruído, afirmando princípios e sendo com eles consequente.
A presente candidatura ao Conselho Geral continua esse percurso: afirmando a universalidade da experiência universitária, a liberdade que a realiza, a participação cidadã que a sustenta.
Luis S. Barbosa
Escola de Engenharia
17/02/09
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