30/01/09

Comissão Eleitoral: comportamento suscita reclamações


O reitor da Universidade do Minho acaba de considerar "desproporcionada" a atitude da Comissão Eleitoral (CE) que, baseada numa questão formal, havia decidido não aceitar a lista C apresentada pelos estudantes às eleições para o Conselho Geral da UM.
A medida da CE, que contou com a oposição da candidatura "Universidade Cidadã", foi objecto de recurso por parte do mandatário da lista excluída e o reitor acaba de lhe dar razão ao proferir o seguinte despacho:
"Defiro o presente recurso, devendo a Lista C ser admitida ao processo eleitoral. O eventual prejuízo pela omissão da identificação do mandatário ocorreria apenas para a própria Lista candidata, pelo que a decisão da Comissão Eleitoral é considerada desproporcionada em relação à infracção apontada".

Convém sublinhar que a lista "Universidade Cidadã", tal como a lista B de professores e investigadores, assim como a lista de funcionários, tiveram já de protestar formalmente contra a atitude da mesma Comissão Eleitoral de não convocar os mandatários das listas para as respectivas reuniões, a não ser depois de uma série de decisões tomadas (nomeadamente esta, de excluir uma parte dos estudantes). O mandatário da lista A, Prof. Doutor Miguel Bandeira, endereçou ao presidente da Comissão a seguinte reclamação:

Exmº Senhor Presidente da Comissão Eleitoral
das Eleições ao Conselho Geral da Universidade do Minho
Professor Doutor M. J. Rocha Armada

Tendo informalmente tomado conhecimento que terá ocorrido um reunião da Comissão a que Vª Exª preside, no dia 23 de Janeiro de 2009 (...)(“Acta n.º 3/09”), que anuncia deliberações da máxima importância para o bom andamento e credibilidade do acto eleitoral em curso, como mandatário da candidatura denominada “Universidade Cidadã”, concorrente à respectiva eleição para o corpo de representantes docentes e investigadores, verifico com perplexidade que, à revelia do n.º 3 do artigo 5.º do Regulamento Eleitoral, não fui convocado para a mesma.
Além disso, face à não presença dos demais mandatários, ainda que estes não tenham direito a voto, sou de opinião que a sua ausência compromete a formulação de um juízo reflectidamente alargado e proporcionado quanto à observância das alíneas b) e c) do ponto 4, do citado artigo 5º.
Neste sentido, invocando os compromissos para efeitos processuais e legais que assumi junto da Comissão a que Vª Exª preside, e na impossibilidade de o fazer por outro meio, venho muito respeitosamente reclamar da validade das deliberações tomadas.

Com os meus melhores cumprimentos

Miguel Melo Bandeira
Mandatário da Lista Concorrente ao Conselho Geral da UM - "Universidade Cidadã"

Ideário da Candidatura e Lista de subscritores

O texto integral do Ideário de candidatura da Lista A - Universidade Cidadã, oportunamente distribuído a toda a academia, está igualmente disponível AQUI, tal como a lista de 25 subscritores que formalmente são exigidos pelo regulamento eleitoral.
Essa lista é constituída pelos seguintes Professores/Investigadores:
  • João Ferreira (EC)
  • Moisés Martins (ICS)
  • Paulo Dias (IEP-ED)
  • Óscar Gonçalves (IEP-PSI)
  • Manuel dos Santos Pais (EENG)
  • Aníbal Alves (ICS)
  • Fernando Augusto Machado (ILCH)
  • João Formosinho (IEC-ED)
  • Carla Machado (IEP-PSI)
  • Maria Antónia Forjaz (EC)
  • Delfina Rocha Gomes (EEG)
  • Jorge Reinaldo Neves (EENG)
  • Miguel Bandeira (ICS)
  • Olga Coutinho (EC)
  • Virgínia Soares Pereira (ILCH)
  • Pedro Simões (EC)
  • Joaquim Fidalgo (ICS)
  • António Gaspar Cunha (EENG)
  • Lídia Cristina Oliveira (EEG)
  • Eugénio Silva (IEP-ED)
  • Ana Maria Silva Ribeiro (ILCH)
  • Felisbela Lopes (ICS)
  • José Carlos Morgado (IEP-ED)
  • Ana Cristina Braga (EENG)
  • Fernando Guimarães (IEC-ED)

28/01/09

"Universidade Cidadã" é lista A

A Comissão Eleitoral tornou hoje definitivas as listas candidatas ao Conselho Geral da Universidade do Minho, cabendo à candidatura designada "Universidade Cidadã", de que é primeiro proponente o Prof. Licínio Lima e mandatário o Prof. Miguel Bandeira, a letra "A".
A lista B é subscrita em primeiro lugar pela Prof. Eduarda Coquet, sendo mandatário o Prof. Cândido Oliveira. Por sua vez, a lista C tem como primeiro subscritor o Prof. António Cunha e mandatário o Prof. Luís Gonçalves.

A Lista A saúda os colegas das restantes listas, com quem deseja ter um debate franco e aberto, no sentido de esclarecer a comunidade universitária dos pontos essenciais que norteiam cada candidatura e, através da participação no acto eleitoral, fazer da escolha dos membros do Conselho Geral um momento alto de participação crítica e esclarecida na vida da Universidade.

Entre os funcionários surgiu uma lista liderada pela Dra Fernanda Ferreira (mandatária: Dra Natália Ferreira). Finalmente a Comissão Eleitoral aceitou duas das três listas apresentadas por estudantes. A lista A tem como primeira subscritora Aurora Mendo (mandatária: Filipa Pereira) e a lista B tem como primeiro subscritor Pedro Soares (mandatária: Ana Rita Ribeiro).
Também para estas listas vai uma saudação da candidatura "Universidade Cidadã".

20/01/09

Lista de Subscritores da candidatura Universidade Cidadã (em actualização)

(Os seguintes professores já manifestaram apoio à candidatura Universidade Cidadã. Entretanto, aqueles que desejem subscrever poderão contactar algum dos membros da lista ou enviar uma mensagem através do mail: uni.cidada@gmail.com)
  • Albertino Gonçalves (ICS)
  • Alberto Dias (EC)
  • Alexandra Nobre (EC)
  • Almerindo Afonso (IEP-ED)
  • Ana Cristina Braga (EENG)
  • Ana Cunha (EC)
  • Ana Maria Costa Soares (EEG)
  • Ana Maria Ribeiro (ILCH)
  • Aníbal Alves (ICS)
  • Antónia Forjaz (EC)
  • António Almeida (EC)
  • António Gaspar Cunha (EENG)
  • Armando Almeida (ECS)
  • Arminda Pinheiro (ESE)
  • Cacilda Moura (EC)
  • Carla Machado (IEP-PSI)
  • Carlos Gomes (IEP-ED)
  • Carlos Páscoa Machado (EEG)
  • Carlos Veiga (ICS)
  • Cecília Azevedo (EC)
  • Conceição Nogueira (IEP-PSI)
  • Cristina Aguiar (EC)
  • Cristina Wilson (EC)
  • Delfim Soares (EENG)
  • Delfina Rocha Gomes (EEG)
  • Esmeraldina Veloso (IEP)
  • Eugénio Silva (IEP-ED)
  • Fátima Antunes (IEP-ED)
  • Felisbela Lopes (ICS)
  • Fernando Guimarães (IEC-ED)
  • Fernando Ilídio (IEC-ED)
  • Fernando Machado (ILCH)
  • Fernando Romero (EENG)
  • Gabriela Botelho (EC)
  • Guilherme Silva (IEP-ED)
  • Henrique Barroso (ILCH)
  • Hernâni Gerós (EC)
  • Isabel Correia Neves (EC)
  • Isabel Macedo (EEG)
  • Isabel Pinto Mina (EC)
  • Jean Rabot (ICS)
  • João Ferreira (EC)
  • João Formosinho (IEC-ED)
  • Joaquim Fidalgo (ICS)
  • Joel Felizes (ICS)
  • Jorge Neves (EENG)
  • Jorge Pamplona (EC)
  • José António Afonso (IEP-ED)
  • José Brilha (EC)
  • José Carlos Morgado (IEP-ED)
  • José Ferreira Alves (IEP-PSI)
  • José Neves (ICS)
  • José Palhares (IEP-ED)
  • Judite Zamith Cruz (IEC-ED)
  • Júlia Tovar (EC)
  • Leonor Torres (IEP-ED)
  • Licínio C. Lima (IEP-ED)
  • Lídia Oliveira (EEG)
  • Lino Costa (EENG)
  • Lúcia Rodrigues (EEG)
  • Luís Cunha (ICS)
  • Luís Soares Barbosa (EENG)
  • Manuel António Silva (IEP-ED)
  • Manuel Carlos Silva (ICS)
  • Manuel dos Santos Pais (EENG)
  • Manuel Gama (ILCH)
  • Manuel Pinto (ICS)
  • Manuel Sarmento (IEC-ED)
  • Manuela Neves (EENG)
  • Maria Aldina Marques (ILCH)
  • Maria Beatriz Pereira (IEC-ED)
  • Maria Graça Carvalho (IEC-ED)
  • Maria Helena Pires (ICS)
  • Maria Helena Martinho (IEP-ED)
  • Maria José Casa Nova (IEP-ED)
  • Maria Madalena Oliveira (ICS)
  • Maria Palmira Alves (IEP-ED)
  • Maria Teresa Heath (EEG)
  • Mário Lima (EENG)
  • Miguel Bandeira (ICS)
  • Moisés Martins (ICS)
  • Natália Fernandes (IEC-ED)
  • Nelson Lima (IEC-ED)
  • Olga Coutinho (EC)
  • Óscar Gonçalves (IEP-PSI)
  • Paulo Dias (IEP-ED)
  • Paulo Nossa (ICS)
  • Pedro Albuquerque (IEP-PSI)
  • Pedro Gomes (EC)
  • Pedro Henriques (EENG)
  • Pedro Manuel Palhares (IEC-ED)
  • Pedro Oliveira (EENG)
  • Pedro Simões (EC)
  • Rosa Cabecinhas (ICS)
  • Rui Oliveira (EC)
  • Rui Tavares (EC)
  • Sandra Franco (EC)
  • Sara Pereira (ICS)
  • Teresa Freire (IEP-PSI)
  • Teresa Lima (EC)
  • Teresa Neto (EC)
  • Teresa Ruão (ICS)
  • Teresa Sarmento (IEC-ED)
  • Virgínia Soares Pereira (ILCH)
  • Virgínio Sá (IEP-ED)

19/01/09

Universidade Cidadã no Conselho Geral da Universidade do Minho

1. Antecedentes
Há mais de um ano, a 26 de Setembro de 2007, um grupo de professores e investigadores da UM publicou o “Manifesto por uma Universidade Cidadã”, através do qual tomou posição sobre o RJIES e criticou as recepções de tipo centralista e tecnocrático, que então conheciam expressões diversas, dentro e fora da Universidade.
Na sequência dessa tomada de posição pública, foi possível mobilizar um conjunto alargado e plural de colegas, de várias Escolas, que veio posteriormente a produzir e a subscrever o ideário de Universidade Cidadã, com vista à apresentação de uma candidatura à Assembleia Estatutária (Lista B), a qual viria a recolher a maioria dos votos dos professores e investigadores da UM nas respectivas eleições.
Após vários meses de trabalho e centenas de horas de reuniões, elaboração de propostas, debates e negociações, foi divulgado, a 16 de Junho de 2008, um “Balanço Crítico” que dava conta dos resultados positivos desse processo, e também dos obstáculos enfrentados na Assembleia, das votações perdidas, das propostas sucessivamente apresentadas e reformuladas com vista à procura de consensos em áreas tidas por fundamentais.
De entre os elementos considerados mais positivos, elencávamos os seguintes: a abertura do senado académico à participação, através de processos eleitorais, dos corpos de professores e investigadores, estudantes e funcionários não docentes; a garantia da existência de órgãos colegiais representativos e de processos eleitorais para os responsáveis das unidades orgânicas e respectivas subunidades; o papel relevante atribuído aos departamentos e seus respectivos órgãos; a composição do conselho de gestão; a abertura para a eleição de professores associados e auxiliares, dentro de certas condições, para a presidência de unidades orgânicas e departamentos, respectivamente; as funções atribuídas ao provedor do estudante e a sua eleição pelo conselho geral; a não inclusão do conselho disciplinar no interior do conselho geral; a definição das diversas modalidades de autonomia, designadamente académica; as competências do senado académico enquanto órgão de consulta obrigatória do reitor em certas matérias; a autonomia, modelo de governação e competências das unidades de ensino e investigação; as competências dos conselhos pedagógicos; o processo de constituição e presidência das assembleias estatutárias das unidades orgânicas de ensino e investigação, a quem caberá a elaboração dos respectivos estatutos.
Como claramente menos positivos, tendo merecido a nossa oposição, eram apresentados os seguintes aspectos: uma visão redutora do senado académico, deixando de fora a comissão disciplinar e o conselho cultural e, por essa forma, diminuindo o grau de coesão anunciado; a possibilidade conferida apenas às unidades orgânicas de investigação, a criar no futuro, de poderem vir a ser dotadas de autonomia financeira, recusando igual possibilidade para as unidades de ensino e investigação; o quesito colocado ao processo de apresentação de propostas para a eleição do provedor do estudante, conferindo aos estudantes uma espécie de “poder de veto” que não se justifica e que pode vir a revelar-se paralisante; as referências exclusivas à Associação Académica nos estatutos, menosprezando outras formas de associativismo estudantil já existentes ou a criar no futuro. Finalmente, embora tivéssemos defendido inicialmente um Conselho Geral com 35 membros, a aceitação de 23 membros viria a tornar possível, depois de um longo e complexo processo de negociação, incluir também a representação dos funcionários não docentes no senado académico, objectivo que sempre assumimos como prioritário.
Conscientes das dificuldades que enfrentámos, e de que os Estatutos da UM nem sempre acolheram a expressão dos nossos ideais de governação democrática da instituição, como de resto é típico dos processos políticos de debate e decisão, é porém possível reconhecer a diferença produzida por uma participação activa em torno do ideário de Universidade Cidadã.

2. O presente e o futuro
É com base na experiência colhida ao longo do último ano, e na ideia de Universidade que desde então nos uniu, que entendemos indispensável garantir a presença e a expressão da Universidade Cidadã no futuro Conselho Geral da UM. Disponibilizamo-nos, consequentemente, para participar no processo eleitoral que se avizinha, para propor, debater, recolher críticas e sugestões que possam aprofundar a concepção de Universidade democrática que defendemos. Esta concepção de mundo académico encontra-se hoje, à escala transnacional, em risco de erosão face a visões, quer oligárquicas e centralizadas de poder, quer tecnocráticas e gerencialistas, ambas, de resto, partilhando a ideia de que a gestão democrática e a colegialidade representam entraves ao exercício do poder do líder eficaz e irracionalidades de gestão, incompatíveis com um sistema de governo que pretendem moderno, eficiente e concorrencial, mas que em muitos casos é incompatível com o valor da participação.
O paradigma de governação que assenta na criação de “fundações públicas com regime de direito privado” e nos correspondentes “conselhos de curadores”, compostos integralmente por personalidades sem vínculo laboral à instituição, nomeados pelo Governo, com vastos poderes de homologação das deliberações dos conselhos gerais, vai mesmo ao ponto de nomear os reitores, que por sua vez poderão nomear todos os responsáveis por escolas e departamentos. Este é, contudo, apenas um exemplo da defesa do processo de transição da colegialidade e da participação para o protagonismo dos líderes unipessoais, considerados eficazes, executivos que apenas prestam contas, periódicas, perante o conselho geral. Eventualmente, líderes internamente muito fortes, mas constituindo uma nova classe de gestores, progressivamente desconectados do ethos académico e dos seus pares. Porém, certamente representantes mais débeis das instituições, nas suas relações com a tutela e com outros poderes políticos, económicos e sociais, não apenas porque mais solitários, mas também porque menos reforçados pela partilha de decisões democráticas no interior das diversas unidades e subunidades orgânicas da Universidade.
Perante estes e outros dilemas, uns já inscritos no actual ordenamento jurídico da Universidade e outros que emergirão a breve trecho, será crucial esclarecer que concepções de governo da Universidade, de Conselho Geral, de balanços e equilíbrios entre distintos órgãos de governo e de consulta, serão assumidas por aqueles que se propõem representar os professores e investigadores da UM.
Partindo do ideário que partilhamos e das contribuições que vários colegas têm vindo, e espera-se que continuem, a produzir, sustentamos um papel para o Conselho Geral que não o reduza a uma simples “caixa de ressonância” do Reitor, nem a um locus de oposição mais ou menos sistemática a quem elege para esse cargo, nem ainda a representante da tutela ou de quaisquer outros poderes e interesses alheios à Universidade. Deve, pelo contrário, encontrar a sua vocação no exercício da representação democrática e na defesa intransigente do prestígio de uma Universidade Pública, orientada sem concessões segundo os valores da esfera pública e do exercício de uma cidadania crítica e exigente.

Universidade Cidadã,
Janeiro de 2009



Licínio Lima (IEP/IE)
Pedro Oliveira (EENG)
Lúcia Rodrigues (EEG)
Manuel Pinto (ICS)
Ana Cunha (ECUM)
Manuel Gama (ILCH)
Pedro Albuquerque (IEP/EP)
Luís Barbosa (EENG)
Manuel Sarmento (IEC/IE)
Aldina Marques (ILCH)
Páscoa Machado (EEG)
Armando Almeida (ECS)

Pedro Gomes (ECUM)
Arminda Pinheiro (ESE)
Mário Lima (EENG)
Almerindo Afonso (IEP/IE)
Isabel Macedo (EEG)
Luís Cunha (ICS)
Conceição Nogueira (IEP/EP)
Henrique Barroso (ILCH)
Fernando Romero (EENG)
Carlos Silva (ICS)
Pedro Henriques (EENG)
Cecília Azevedo (ECUM)

Mandatário: Miguel Bandeira (ICS)

Saudação à Academia

Os Professores que participaram activamente na Assembleia Estatutária, através do Movimento 'Universidade Cidadã' (Lista B) voltam a dizer presente, na eleição para o Conselho Geral.
Movem-nos os mesmos valores de cidadania e participação, pelo que faz todo o sentido retomar, neste momento, o espaço deste blog, para comunicar com a Academia, abrindo, ao mesmo tempo, um canal privilegiado para a comunicação da Academia com esta candidatura.